Festa Junina Indoor (ou dendicasa).
Não íamos ficar mais um ano sem festar. Não quando a festa em questão era a junina. Ainda que as aglomerações não estivessem permitidas, tampouco recomendadas, era o segundo ano de pandemia, mas já havia vacina. Além das camisas xadrezes e dos chapéus de palha, máscaras de chita seriam traje oficial. Forró agarradinho e quadrilha continuariam suspensos em prol do distanciamento que seria organizado em volta da fogueira, e, por falar em fogueira: alguém pega o álcool em gel que ele ajuda a acender o fogo da lareira indoor.
É como diz a máxima: quem não quer dá desculpa, mas quem quer, arruma um jeito.
Assim foi nosso São João de apartamento — versão 2021. Com pouca (e boa) gente reunida, quentão, vinho quente, bandeirolas presas no lustre, milho verde, curau, arroz doce e pipoca, além de música de sanfona tocada pelo bluethooth, afinal, os vizinhos não são obrigados.
Mas a pequena felicidade de não deixar passar mais um ano sem o clima gostoso de uma festa de São João, encheu o meu coração e o dos meus seis convidados. Vacinados parcialmente e com todos os cuidados necessários o contágio foi de alegria. Manter nossos rituais de tradição, nos ajuda a manter viva a esperança de que estes tempos difíceis vão passar e de que tempos melhores estão por vir. E foi assim que terminamos cantando:
“São João,
São João,
acende a esperança
no meu coração”.
|Este texto foi escrito para o desafio #EcreverEscevendo da Regiane Folter no mês de junho.